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Anatomia Oculta
Anatomia Oculta

O que é a “Anatomia Oculta” do Ser Humano

A expressão “Anatomia Oculta” é bastante utilizada em círculos esotéricos, místicos, cabalísticos e gnósticos. Mas, ao que se refere? Pretendo, neste texto, elucidar algumas coisas.
A antiga Sabedoria Oculta ou Sabedoria Perene, da qual a Tradição da Cabala faz parte, afirma que o Ser Humano, o Ser autoconsciente, é, potencialmente, a manifestação mais maravilhosa e complexa do universo. Por isso, em nosso interior, se apresentam todas as leis da natureza, os elementos, os átomos, as energias, os princípios elementais e os níveis de consciência do próprio universo inteiro, em estado ainda latente, a mais das vezes. E, nosso corpo físico, ele mesmo representa em seu nível os níveis acima, mais sutis, de forma que, pela lei da analogia, podemos aos poucos acessar e entender os níveis superiores partindo dos inferiores.
Muitos foram os esquemas que os antigos desenvolveram para representar esta presença potencial do universo e seus princípios no Ser Humano. O esquema mais famoso no Ocidente é a “Árvore da Vida”, que se notabilizou mais recentemente pelo mapa de “Anatomia Oculta” [ver figura abaixo] feito por um estudante gnóstico e que tem sido a base para os cursos sobre o tema que tenho desenvolvido. A representação baseada na noção de “Templo” é a mais antiga (o Homem como Templo do Divino). As antigas catedrais góticas medievais teriam sido construídas usando-se exatamente esta noção, conforme princípios estudados na Geometria Sagrada.
No vocabulário místico, a “anatomia oculta” se refere à constituição psíquico-astral-espiritual do Homem, como tudo isso interage entre si e com o corpo físico e, no final das contas, como influencia a evolução espiritual do buscador. As relações do corpo físico humano – o microcosmo – com o mundo macrocósmico e os níveis extra-físicos são estudadas através da ressonância do micro no macro e vice-versa, do físico e do extra-físico, do visível com o invisível.
Neste referido mapa ou pôster de Anatomia Oculta são apresentados, por exemplo, os Sete Planetas da Astrologia dos antigos, os Sete Arcanjos da Presença (relacionados às sete igrejas apocalípticas e ao chakras), os quatro elementos primordiais e seus espíritos regentes (os elementais, regendo cada tipo uma parte do corpo – gnomos, ossos e músculos; ondinas, sangue e líquidos sexuais; silfos, ares vitais dos pulmões e pensamentos; salamandras, sensação de calor e ânimo de vida), os sete corpos energéticos do Homem (aqueles que Paracelso chamava de limbus, múmia, arqueus, sideral, adechaluech e corpo do íntimo), os Números, as Cores, Mantras, noções de Cabala, Alquimia, Magia, Astrologia, etc.
Tudo neste mapa está relacionado entre si, demonstrando quão exata é a frase mística de Hermes Trismegisto: "O que está em cima é como o que está embaixo, e vice-versa". Na verdade, o mapa é uma apresentação “humanizada” da mesma “Árvore da Vida” ou “Árvore da Cabala” conhecida a partir da Cabala zohárica, com suas Dez Sefirot (Dez Esferas da Emanação do Mundo), suas Três Colunas e seus Quatro Níveis. No Gênese bíblico está dito que o Homem foi criado “à imagem, como a semelhança” de Deus. Por isso, a Árvore da Vida é esquematizada para caber nela um homem deitado com os braços abertos.
No mapa de “Anatomia Oculta” vemos a divisão cabalística de Deus em seus três aspectos ou a Trindade Cabalística (Ayin, En-Sof e En-Sof-Or); logo abaixo, as Três Sefirot Divinas (Kether-Hokhmah-Binah); por fim, o Setenário humano, as últimas Sete Sefirot, terminando em Malkut, a esfera de nosso mundo físico.
Este mapa representa não apenas a “Árvore da Vida”, mas todos os esquemas que representam o corpo humano através de Templos ou construções, como o Templo de Salomão, as Grandes Pirâmides do Egito e o lendário Castelo de Camelot, do ciclo do Rei Arthur. Todas estas construções foram planejadas como se representassem o homem deitado com os braços abertos. A própria “Árvore da Vida” pode ser encontrada na espinha dorsal humana, e a pode ter inspirado.
O Templo original de Salomão era dividido em sete partes iguais, mas as três principais, eram: o Pórtico (as pernas e os pés, no mapa de Anatomia Oculta), o Templo (das pernas até o coração, no mapa) e o Santuário (do coração até a cabeça, no mapa). Nossas pernas equivalem às duas colunas do Templo de Salomão, Jachin (Pilar Branco do Sul, masculino, regido por Metatron) e Boaz (Pilar Negro do Norte, feminino, regido por Sandalfon).
O simbolismo do Castelo de Camelot é apenas a versão iniciática europeia do Templo de Salomão. Camelot foi mencionada pela primeira vez no poema "Lancelot", de Chretien de Troyes. Em "Vulgate Cycle", poema do século XIII, Camelot se tornou a principal cidade do reino de Arthur, tendo se perpetuado assim nos textos posteriores. Seu castelo, onde se reuniam os Cavaleiros da Távola Redonda, qual os discípulos de Jesus, são um simbolismo relacionado com as Doze Tribos de Israel que, por sua vez, nos remete aos Doze Signos Zodiacais. Na mesa que o Rei Arthur mandou construir, conhecida como Távola Redonda, cabiam, sentados, 1.600 cavaleiros. Era intencionalmente redonda para impedir eventuais brigas entre os nobres pelo melhor lugar para se sentarem.